29 de agosto de 2008

A principal característica de uma canceriana é o apego ao passado. Lembranças sempre vem à tona a qualquer hora do dia e em qualquer situação, quando você menos espera. Coisas que aconteceram há anos ou há uma semana, para mim tem o mesmo valor, e ainda estão super frescas, principalmente por esse ano ter sido tão conturbado. É fato de que muitas pessoas tem a imagem de uma Lectícia super forte e decidida, e eu tenho a consciência de que fatos do passado não podem amolecer meu coração. Mas quando eu acerto as contas comigo mesma, tudo é tão diferente, eu nunca consigo ter a postura que eu desejo. Eu sinto falta de tanta coisa que não falei por causa do meu gênio, ou até mesmo por falta de oportunidade. Também sinto um aperto no coração muito forte ao ver que as pessoas são apenas passageiras na nossa vida, e que eu mesma também sou passageira na vida de muita gente. Eu tento aprender o máximo possível com cada pessoa que entra e sai na minha vida, e cada experiência é única, mas nem sempre positiva. Sei que a formação que meu ser tem hoje, é graças a esse ciclo que todos temos. Mas não é isso que me atormenta, volto a frisar que são as lembranças que cada um deixa, que me atormenta. Hoje, que já passou mais da metade do ano, eu olho pra trás e vejo quantas pessoas momentâneas já passaram em apenas quase 9 meses, sendo que esse ciclo natural da vida já deu conta de levá-las, mas graças a Deus já trouxe também pessoas incríveis, que acredito que irão passar um tempo maior comigo. Pra mim, nenhuma pessoa que entra substitui uma que saiu. Cada pessoa tem um lugar único, junto com as lembranças que deixaram em mim. O que eu realmente desejo é que a tendência seja que as lembranças positivas superem o número de lembranças negativas, e não desejo isso só para mim, também desejo isso a todas que realmente consigam ter esse pensamento, como eu.

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