
É agora que vem o exercício, com sua grande cara de sacrifício, de conviver com a saudade. Passo o olho nos ponteiros e saio, risco todos os calendários só pra ver esse tempo passar.
De noite, no sonho, a gente se junta, se deita, se ama e o peito, num breve momento, pára de reclamar. Com o dia raiando e o café quente, começo no intento de ser paciente até a noite chegar.
Se a coisa ficar preta e um cisco no olho entrar, corro e abafo as lágrimas com aquela sua blusa perfumada até me embriagar. No criado-mudo, as fotos têm vários segundos de risos e beijos nos mais diversos lugares. Na gaveta, cartas e bilhetes acalmam as noites com fragmentos das nossas memórias.
(Autor Desconhecido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário