14 de março de 2009


É agora que vem o exercício, com sua grande cara de sacrifício, de conviver com a saudade. Passo o olho nos ponteiros e saio, risco todos os calendários só pra ver esse tempo passar.

De noite, no sonho, a gente se junta, se deita, se ama e o peito, num breve momento, pára de reclamar. Com o dia raiando e o café quente, começo no intento de ser paciente até a noite chegar.

Se a coisa ficar preta e um cisco no olho entrar, corro e abafo as lágrimas com aquela sua blusa perfumada até me embriagar. No criado-mudo, as fotos têm vários segundos de risos e beijos nos mais diversos lugares. Na gaveta, cartas e bilhetes acalmam as noites com fragmentos das nossas memórias.


(Autor Desconhecido)

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