30 de abril de 2007

Nossa sociedade parece não favorecer a arte de escutar. Escutar supõe atenção, certa concentração para identificar a voz de quem fala. É que as vozes são tantas; as propostas, incontáveis, de modo que vivemos sufocados por vozes e apelos, convites e insinuações.
Ao mesmo tempo, o ser humano anda ansioso por manifestar sua voz. Então as vozes se multiplicam. Vozes de líderes religiosos buscando convencer os fiéis com suas doutrinas. Vozes queixosas dos sem-teto, amontoados debaixo de viadutos. Vozes de pessoas que, ávidas por um cargo politico, fazem promessas à população.
No meio dessa confusão, existe ainda lugar para a voz meiga da mãe que acalenta o filho, dando-lhe certeza de proteção. A voz do pai que dá conselhos ao filho adolescente, conselhos muitas vezes desperdiçados. A voz da esposa que implora ao marido para não exagerar na bebida. A voz convincente da professora que apela pelo silêncio na sala.
E nesse turbilhão de numeorsas e diferentes vozes, emerge a voz do bom senso. Aquela poderosa e segura que indica o caminho certo a tomar; a harmoniosa que consola os corações atribulados; a educada e amiga que corrige o que está errados e denuncia a falsidade; entretanto cabe a nós deicidir qual voz escolher. E isso é só o começo ..

Nenhum comentário: